quinta-feira, 15 de julho de 2010

OS GUIAS



Sei que existem muitos guias sobre o Caminho de Santiago. Só que nunca comprei, nem consegui pegar algum. Um amigo, o Luiz Kaimoto, de Curitiba, está me enviando um, que ele diz que usou, em maio último, quando percorreu o Caminho. Vamos ver, então, o primeiro Guia sobre o Caminho. Tenho a dizer, entretanto, que, para mim, o Guia principal foi a comunidade "Santiago de Compostela" do Orkut. Ali, lendo os tópicos, foi que adquiri uma grande bagagem de conhecimentos sobre o que é o Caminho, como funcionam as coisas, as dificuldades, como vencê-las, etc. Foi ali também que me chegou às mãos as famosas apostilas do Manoel Brasília, onde ele listou pacientemente todos os albergues, telefones úteis, dificuldades geográficas, enfim... passo a passo o tal Manoel se dedicou a descrever e escrever tudinho, e sem pedir nada em troca. Manda pela internet, e o futuro peregrino só imprime. Foi uma das grandes lições do Caminho: a cooperação, sem interesse, vinda de Manoel Brasília.
Recebe-se de tudo, via e-mail, de outros sites existentes. O grupo criado pela Associação dos Amigos do Caminho de Santiago - Rio de Janeiro, também me foi muito útil, com as informações de vários peregrinos, principalmente Clinete Lacativa, uma incansável amiga do Caminho de Santiago.
Amigos que foram também me ajudaram muito. Enedir Pereira, de Criciúma, um amigo especial, e Luiz Kaimoto, de Curitiba, são anjos que o Caminho de Santiago me mandou, mesmo sem eu ter colocado meus pés lá ainda.
Estou lendo, atualmente um Guia que achei jogado dentro do carro do Enedir - Guia do Peregrino do Caminho de Santiago - escrito por um homem de nome Máqui. (Oi Máqui, se você me ler um dia, sou Isabel, de Tubarão/SC!!!!). Pois bem, este não é propriamente um guia comum. São as impressões e pensamentos, acontecimentos e situações que o autor viveu ao longo do Caminho, no distante ano de 1992.
Um dia desses em que a gente se sente infeliz, peguei o livro e comecei a lê-lo. Imediatamente, me identifiquei com as idéias do autor, principalmente quando ele se sentia, naquela época, um Cavaleiro Medieval, idêntico ao Paulo Coelho, e foi para o Caminho certo de que lá encontraria seu Mestre.
Bem, eu não vou tão longe, até porque tenho comigo o pecado capital de nunca ter lido Paulo Coelho. Mas acredito piamente que, em épocas passadas, fui uma daquelas sacerdotisas, tipo aquelas do filme "As Brumas de Avalon"... A Fada Morgana, a namorada de um dos Cavaleiros da Távola Redonda... Coisa minha, aqui, do fundo, das minhas certezas ancestrais...
Resumindo, o tal guia me serviu e muito. Ali tem umas coisas que mexeram comigo, umas constatações do autor sobre suas experiências que me ajudaram a entender outras que acontecem comigo atualmente. Não me serviria como guia do Caminho de Santiago até pelo tempo decorrido de lá para cá. O Caminho, hoje, não é o mesmo. Mas me serviu como guia para um canto de minha própria alma, que estva meio escuro. Brigadão seu Máqui, onde quer que o senhor se esconda...




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